O professor Júlio César Queiroga homenajeou com suas turmas os 100 anos do nascimento do grande compositor NOEL ROSA, houve uma linda exposição no pátio do Colégio que contou com músicas do compositor, cartazes sobre a vida do mesmo e até uma maquete de corpo inteiro de Noel.Uma maravilha! Parabéns professor e alunos pelo belo trabalho.
O samba pede passagem
“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”, já dizia Dorival Caymmi. É por essas e outras que o boteco entra na cadência do samba e, com o batuque na mesa, relembra algumas história memoráveis do universo sambista. E pra começar nada menos que ele – Noel Rosa, o filósofo do samba. Noel fazia da filosofia, juntamente com a boemia, é claro, o seu remédio, o seu antídoto, o seu ar puro contra a feia fumaça que sobe, apagando as estrelas. O poeta da vila fazia samba pelo samba, pela necessidade do samba, pela alegria que nele há. E assim seguia indiferente aos interesses da aristocracia. Sambando, fingindo, às vezes fugindo, mas sem hipocrisia.
Filosofia (Noel Rosa)
O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
Na seção música você ouve a Filosofia na belíssima interpretação de Paulinho da Viola.
Márcio sales
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